Depois de um começo de ano com investimentos robustos que ultrapassaram a marca de R$ 150 milhões na montagem do elenco, o Atlético Mineiro recalcula a rota para a janela de transferências de julho. A diretoria, em total alinhamento com a comissão técnica de Cuca e a cúpula da SAF, adotará uma postura de maior contenção, priorizando a busca por reforços pontuais que não demandem grandes aportes financeiros. A nova ordem na Cidade do Galo é clara: foco em oportunidades de mercado, como jogadores disponíveis para empréstimo ou em final de contrato.
Essa mudança de estratégia é uma resposta direta à atual conjuntura financeira do clube. Recentemente, o Galo enfrentou dificuldades no fluxo de caixa, o que resultou em atrasos no pagamento de parcelas de transferências, direitos de imagem e até mesmo férias do elenco profissional. A própria diretoria admitiu a situação delicada, mas trabalha para regularizar todas as pendências nos próximos meses, buscando readequar as operações à realidade orçamentária.
A filosofia para o meio da temporada é que a espinha dorsal da equipe foi montada no início de 2025. Agora, a necessidade não é de uma reformulação, mas de ajustes finos para otimizar o grupo que disputará as competições. A diretoria entende que é preciso qualificar o elenco para a sequência do Campeonato Brasileiro e dos torneios internacionais, mas sem comprometer a saúde financeira. Nomes como o do volante Willian Arão, que tem contrato com o Panathinaikos perto do fim, já foram especulados como alvos que se encaixam neste novo perfil de contratação.
Enquanto busca reforços de baixo custo, o Atlético também avalia o retorno de jogadores emprestados, como o atacante Isaac, que estava em Portugal. A gestão visa, portanto, um equilíbrio entre a necessidade de competitividade dentro de campo, na Arena MRV e fora dela, e a responsabilidade financeira para honrar seus compromissos e manter o planejamento de longo prazo do clube.